sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Poeta do Absurdo


Nos idos de 50, circulava pelo Nordeste um poeta andarilho, o famoso Zé Limeira. Nascido na Serra do Teixeira, Paraíba, num Sítio de nome Tauá, o violeiro/poeta chamava a atenção pelo seu modo excêntrico de se vestir. Trajes aberrantes, violão a tira colo, matulão pendurado e anéis por todos os dedos, desafiava adversários nas artes da cantoria pelas feiras e propriedades rurais do interior do Nordeste. Por seu estilo diferente, entitularam-no "Poeta do absurdo". Um trecho pequeno do homem:

Eu briguei com um cabra macho,
Mas não sei o que se deu:
Eu entrei por dentro dele,
Ele entrou pro dentro deu.
E num zuadão daquele,
Não sei se eu era ela
Nem sei se ele era eu. 

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